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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Uso recreativo e dependência de medicamentos para facilitar a ereção

O uso indiscriminado de medicamentos para melhorar a ereção, como sildenafila e tadalafila, tem sido algo comum e crescente, desde o lancçamento do Viagra no final da década de 90. Pesquisas demonstram que 1 em cada 5 homens de até 30 anos de idade experimentam e passam a fazer uso contínuo desses medicamentos, e até 40 % dos homens acima de 30 anos.

Homens adolescentes fazem uso de medicamento devido a insegurança sexual e erétil quando diante de meninas liberadas e mais agressivas sexualmente. Sentem medo de falhar, de que a parceira tenha mais experiência sexual ou tenha tido parceiros superiores sexualmente. Iniciando a vida sexual já em uso de medicamentos, os adolescentes dificultam o desenvolvimento natural da sua segurança sexual, e muitos deles evoluem com medo crônico de falhar e continuam a tomar medicamentos para ereção com se esse fossem uma espécie de muleta psicológica para um bom desempenho. Muitos outros passam a fazer uso regular desses medicamentos para “turbinar a resposta sexual, manter a relação sexual mais prolongada ou reduzir o tempo necessário para obter nova ereção após uma relação sexual.

Quando se trata de homens acima de 30 anos, principalmente acima de 40 ou 5o anos, os motivos do uso dos medicamentos facilitadores da ereção são outros. Muitos desses homens se divorciam na meia idade e passam a fazer sexo com novas parceiras. Muitos se surpreendem com a desenvoltura sexual das nova parceiras e se sentem inseguros, passando a tomar medicamentos para ereção. Neste caso já tinham segurança erétil com suas esposas ou parceiras em união estável, mas evoluem com insegurança nas novas relações. É importante lembrar que as taxas de falhas eréteis e de disfunção erétil de homens acima de 50 anos tende a aumentar devido a doenças e ao processo de envelhecimento. Uma causa típica de disfunção erétil é o desenvolvimento de doença coronariana, e a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal clínico dessa doença. Quando o homem faz uso de medicamentos para facilitar a ereção podem não perceber ou não valorizar o  problema, não procurar auxílio médico, perdendo a oportunidade de diagnóstico precoce de doença cardíaca ou de outra natureza.

A compra sem receita médica facilita o uso abusivo e recreativo, facilitando a dependência psicológica. Um fator agravante é o fato de que a ansiedade elevada causa liberação de adrenalina na circulação sanguínea, e sua ação é tão potente que pode  facilmente neutralizar a ação das drogas para facilitar a ereção. Com isso, homens ansiosos podem vir a acreditar que têm um grave problema sexual e aumentar sua insegurança erétil e sexual como um todo.

O tratamento da dependência requer a avaliação por profissional especializado em sexualidade masculina, mais propriamente um psiquiatra ou psicólogo com especialização em sexualidade humana, seguida de orientações e suporte para tratar a dependência psicológica. Casos mais graves podem necessitar de terapia  sexual.

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade

Permitida a reprodução e divulgação, desde que citada a fonte (autor e site)

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 15  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.