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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Estresse e disfunções sexuais

Entre os mais comuns fatores causadores de disfunções sexuais masculinas e femininas encontra-se o estresse do quotidiano.

Para melhor compreensão, é importante deixar claro já no início deste artigo que o estresse pode prejudicar todas as fases da resposta sexual humana, composta por desejo, excitação, orgasmo e resolução.

Na natureza selvagem, a função sexual primordial é a reprodução, e o ser humano não se desenvolveu para reproduzir em condições muito estressantes, desgastantes ou perigosas. Já não necessitamos enfrentar animais selvagens ou tribos inimigas no mundo moderno, mas temos novas tensões e ameaças psicológicas e mesmo físicas, como desemprego, insegurança profissional, insegurança financeira, sobrecarga de trabalho, trânsito, etc.

O impacto mais comum e importante do estresse ocorre sobre o desejo sexual, principalmente quando o estresse é crônico. Sob estresse intenso e prolongado, a pessoa afetada costuma estar constantemente preocupada, sua mente preenchida por ansiedade, angústia, medo e pensamentos negativos. A tensão mental gera tensão emocional e o corpo sofre. A musculatura fica tensa, o gasto de energia alto, a qualidade do sono ruim e não revigorante, o apetite buscando carboidratos. Em uma situação assim não há espaço mental ou físico para o relaxamento e o erotismo, e a libido adormece. A pessoa afetada pelo estresse se pergunta onde foi parar seu desejo sexual de outrora. 

Sobre a excitação sexual o efeito ocorre por mais de um mecanismo também. Com o estresse crônico há constante liberação de adrenalina e cortisol, os mediadores químicos principais do estresse. No homem a adrenalina afeta a circulação sanguínea peniana ao prejudicar o relaxamento e o afluxo de sangue para os corpos cavernosos do pênis, comprometendo assim seu entumescimento, sua rigidez. Além disso, a ação negativa do estresse  sobre a libido prejudica o aumento ou a manutenção da excitação. Na mulher ocorre prejuízo do entumescimento da região genital, o que causa baixa lubrificação vaginal e dor durante a relação sexual. 

Com o efeito negativo do estresse sobre a libido e a excitação, o homem pode ter disfunção erétil antes ou durante a relação sexual, e a mulher pode não conseguir se excitar suficientemente para ter uma boa lubrificação vaginal ou atingir o orgasmo. 

Muitos homens sob estresse crônico ou situacional acreditam ter disfunção erétil, quando na verdade o problema é a baixa libido. E as mulheres sob estresse crônico se queixam de baixa libido, se incomodam ao não atender seus parceiros sexualmente e sentem falta da sua outrora vida sexual prazerosa. 

A solução do problema passa por uma avaliação detalhada com profissional especialista em sexualidade humana, e o objetivo é ajudar a pessoa afetada pelo estresse a ter uma vida mais equilibrada através de uma série de mudanças no estilo de vida. Outra coisa importante na avaliação do problema é determinar se não há um transtorno depressivo, de ansiedade ou de outra natureza, que frequentemente se associam ao estresse, que possam estar contribuindo com transtorno sexual e que devam ser também foco do tratamento. 

Um tratamento bem sucedido pode melhorar não só a vida sexual da pessoa afetada pelo estresse mas também sua qualidade de vida como um todo.

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade

Permitida a reprodução e divulgação, desde que citada a fonte (autor e site)

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 15  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.