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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Disfunções sexuais no transtorno de pânico

O transtorno de pânico (TP) é caracterizado por quatro pilares, que são seus sintomas principais, como segue abaixo:

  1. Crises de pânico
  2. Medo de sentir medo (medo dos sintomas)
  3. Agorafobia, que é o medo de sofrer crises em certos locais e situações e não poder sair ou ser socorrido rapidamente
  4. Preocupações e hipervigilância do corpo

 

Apesar de quase nunca comentado na mídia e publicações especializadas, quem sofre de transtorno de pânico costuma apresentar também disfunções sexuais diretamente ligadas a seus sintomas. 

Frequentemente os pacientes em tratamento de TP não comentam sua disfunção sexual ligada ao pânico com seus médicos psiquiatras, o que pode vir a ser informado somente pela parceira ou parceiro do(a) paciente. 

O parceiro ou parceira sexual da pessoa que sofre de TP acredita que ela perdeu a libido, mas frequentemente o paciente tem libido. O que costuma acontecer é que quando sente desejo a pessoa com TP não dá início ou não estimula a iniciativa sexual da parceria devido ao medo de que a relação sexual conduza ao surgimento de sintomas de pânico. 

Muitos homens  com TP perdem a ereção durante a relação sexual e, com o tempo, podem acabar desenvolvendo disfunção erétil, visto que durante as relações sexuais perdem o foco nos aspectos eróticos da relação e ficam preocupados, checando o pulso a respiração, palpitações ou outros sintomas. 

Pelo mesmo motivo, aproximadamente 1/4 das mulheres com TP desenvolvem problemas com o orgasmo, pois não focam os estímulos sexuais e não conseguem se excitar suficientemente para atingir o orgasmo. 

Pessoas com TP tendem a interpretar os sinais de excitação fisiológica típicos da excitação sexual como sinais de um possível novo ataque de pânico, interrompendo a atividade sexual. Algumas pessoas chegam a se abster completamente da atividade sexual, as vezes por meses ou até anos.

UPortanto, um problema que afeta muitas pessoas que sofrem de TP é a evitação de relações sexuais devido ao medo de que as mesmas possam desencadear novas crises de pânico. Segundo a literatura especializada, aproximadamente 65% das pessoas com TP evitam relações sexuais, um número espantoso!

Muitas pessoas que sofrem de TP e estão em tratamento e com total controle das crises persistem evitando atividades sexuais.

O tratamento do TP frequentemente envolve medicamentos e psicoterapia específica, mas no caso das disfunções sexuais é importante que o profissional tenha conhecimentos e experiência em sexualidade humana e sexologia médica, visto que vai precisar ajudar o paciente a superar crenças e vencer barreiras psicoemocionais para que venha a ter uma vida sexual de qualidade. 

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade

Permitida a reprodução e divulgação, desde que citada a fonte (autor e site)

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 15  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.