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Como lidar com o medo e evitar o pânico devido ao surto do novo coronavírus

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O medo e talvez o pânico associado ao surto do novo coronavírus irá afetar quase todas as pessoas em algum momento do surto, principalmente pessoas muito ansiosas, as que sofrem de algum transtorno de ansiedade de doença, as que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo com obsessões de contaminação e as pessoas com ansiedade generalizada, que temem constantemente que coisas ruins estejam por acontecer.

O nível de estresse pelo medo de adoecimento e morte deve aumentar muito entre as pessoas nas próximas semanas, e se somar ao estresse gerado pelo medo da redução acentuada do nível de atividade econômica, do desemprego e da falência de empresas, afetando desde empregados até empresários, desde o pequeno até o grande empresário.

Idosos e pessoas com doenças crônicas estarão particularmente sujeitas a alto nível de estresse e ansiedade.

As medidas de cuidados com o coronavírus estão sendo amplamente divulgadas pela imprensa, e neste artigo nos deteremos nos aspectos emocionais associados ao surto.

O medo do coronavírus envolve diferentes níveis. No nível mais básico representa o medo da morte e da perda de entes queridos. Em um nível menos básico representa ameaças ao ego, como por exemplo a sensação de desamparo e vulnerabilidade. Em um terceiro nível o medo representa a sensação apavorante de não ser capaz de enfrentar a situação.

Convém então pensar nas seguintes considerações:

  1. Diante do desconhecido todos sentem medo
  2. O medo nunca irá embora enquanto você permanecer passivo
  3. A única maneira de se livrar do medo é fazer algo a respeito
  4. enfrentar o medo é menos assustador do que permanecer com sentimento de impotência e desamparo

Mas o que você pode então fazer para enfrentar o medo dessa pandemia?

  1. Em primeiro lugar o mais óbvio, que é seguir as recomendações das autoridades de saúde pública sobre os cuidados para evitar a contaminação e transmissão do vírus
  2. Tomados os cuidados necessários com a transmissão é preciso focar em manter a rotina da vida o mais próximo possível da normalidade. Isso ajuda a afastar a sensação de risco imediato e elevado que todos sentem. É muito importante para nosso estado mental que a vida continue o mais possível dentro da normalidade
  3. Evite assistir noticiários de TV, pois a audiência desses telejornais deriva de notícias dramáticas e catastróficas, que buscam prender a atenção da pessoa pelo espanto e pelo medo. Para se informar sobre a pandemia procure ler notícias em sites confiáveis da internet e resista ao impulso de ler notícias sensacionalistas
  4. Evite ler as inúmeras mensagens disseminadas pelas redes sociais, pois isso prende sua atenção ao coronavírus. Lembre-se de que sua mente deve permanecer o mais possível focada na rotina normal da vida
  5. Evite também prolongar conversas sobre o coronavírus. Mude de assunto gentilmente quando alguém insistir muito em falar do assunto
  6. Aproveite esse momento para passar mais tempo com seus familiares. Perceba como, quando tudo parece complicado, entendemos claramente que são os familiares e os amigos que realmente dão sentido à vida. Valorize mais a família e os amigos.
  7. Para relaxar procure assistir filmes de humor, comédias, filmes românticos. Eles acalmam, melhoram o humor e nos mantêm conscientes de que a vida pode sim fazer sentido. Evite totalmente filmes de violência e dramas, que só aumentam seu estresse.
  8. Caso se sinta impotente diante da situação faça a si mesmo a seguinte pergunta: Em uma escala que varia de zero a cem, onde em zero eu me sinto totalmente impotente e em cem eu me sinto totalmente autoconfiante quanto a surto do coronavírus, em que ponto da escala me encontro? Caso perceba que está muito próximo de se sentir impotente, faça a si mesmo duas outras perguntas: Será que minha capacidade de enfrentamento é tão baixa assim? Ou será que estou me deixando dominar pelas emoções de medo? Procure então focar em quantas situações difíceis você já enfrentou e superou em sua vida. Pense que essa pandemia também vai passar.
  9. Procure ajudar pessoas que venham a sofrer em consequência da pandemia: pessoas desempregadas, sem recursos para necessidades básicas. Ajudar o próximo desperta em nós o senso de humanidade e coletividade, a percepção de que fazemos parte de um todo. Isso é algo muito importante neste momento, algo que vem se perdendo neste mundo tecnológico e frio.
  10. Diante do inusitado desse surto viral procure refletir o modo como está vivendo hoje, se sua vida faz sentido. Observe se há coisas fundamentais em sua vida que precisam ser modificadas e se concentre em começar a modificar aquilo que está ao seu alcance.
  11. Em caso de não conseguir enfrentar o medo, caso comece a entrar em pânico, procure ajuda especializada com um médico psiquiatra experiente. Quando nossos recursos de enfrentamento são superados, todos nós precisamos buscar ajuda.

Espero que esse texto posso ajudar muitas pessoas a lidar melhor com seus medos durante a fase mais difícil dessa triste pandemia.

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade. Permitida a livre divulgação e reprodução. Pedimos o favor de citar a fonte (autor e site).

Dr. Lincoln C. Andrade é médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP, especializado no atendimento de pessoas em crise emocional, estresse, transtornos de ansiedade e pânico. Tem vinte anos de experiência no atendimento de pessoas em crise emocional de qualquer origem. Criou e mantém em sua clínica o programa CALMA, especializado no tratamento de ansiedade e pânico. Agendamento de consultas pelos fones (41) 30391890 e 996437333.

“Clínica Dr. Lincoln Andrade, a clínica de referência no tratamento do estresse elevado,  ansiedade, pânico e crises nervosas em Curitiba”.