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Como ajudar um dependente químico quando ele não aceita ajuda?

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A dependência de álcool e drogas faz com que a pessoa se torne uma espécie de escravo dessas substâncias, tanto mental como fisicamente, e impõe grande prejuízo ao usuário. Por isso é tão difícil para amigos e familiares entenderem a recusa do dependente em aceitar ajuda, mesmo diante do grave e evidente prejuízo que ele sofre.

Daí que uma pergunta muito frequentemente feita ao psiquiatra pelos familiares de qualquer dependente químico é: De que modo é possível ajudar alguém que não aceita ajuda?

Um dependente químico apresenta distorções cognitivas importantes quando avalia sua própria situação. Para ele é mais fácil suportar a continuidade do uso das drogas ou do álcool, e os episódios de intoxicação ou abstinência, do que aceitar publicamente seu problema, enfrentar uma mudança de estilo de vida, começar do zero, assumir compromissos e obrigações e enfrentar o preconceito.

O dependente também tem consciência de que abandonar o uso de drogas é difícil, exige muito esforço e determinação e podem ocorrer recaídas e mais rejeição no processo. Dependência química é uma das mais complexas patologias da medicina, pois afeta o ser humano em sua totalidade física, mental e social.

Frequentemente existem também barreiras ao tratamento dentre os familiares, a chamada codependência, que ocorre quando algum dos familiares vive em função da pessoa que sofre de dependência química, mantendo com ela uma relação de estreita dependência emocional. Esse familiar também tem problemas emocionais, pois funciona em função da do doente e de sua doença, muitas vezes reforçando comportamentos problemáticos do mesmo incondicionalmente. Com isso prejudica o tratamento e reduz a motivação do dependente para se tratar.

A pessoa que exerce o papel de codependente também precisa se tratar, pois seu tratamento melhora muito a possibilidade de aceitação do tratamento pelo dependente químico, uma vez que perde o apoio incondicional.

A mudança de postura do codependente é um processo penoso, mas fundamental para o êxito do tratamento do dependente, e pode ser feito através de apoio psicológico individual ou grupos de apoio com essa finalidade. Trata-se na verdade de um processo no qual toda família acaba participando direta ou indiretamente.

A modalidade de tratamento mais adequado para cada paciente será abordado em outro artigo neste site, pois trata-se de assunto extenso.

Artigo de autoria do Dr. Lincoln c. Andrade. Permitida e reprodução e divulgação desde que citada a fonte (autor e site, www.lincolnandrade.com.br).

*Dr. Lincoln C. Andrade é médico psiquiatra com residência médica  pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP-USP), especializado no atendimento de pacientes em crises emocionais, estresse elevado, medo e pânico. Tem vinte anos de experiência na área. É também especialista em sexualidade humana pelo projeto sexualidade do hospital das clínicas da faculdade de medicina da USP (HC/USP). Criou e mantém em sua clínica o programa CALMA, para tratamento do transtorno de pânico, e o o Centro de  relaxamento profundo, de medicina mente e corpo. Dr. Lincoln também mantém um canal no youtube, a Escola de saúde mental, para o ensino gratuito sobre saúde mental e qualidade de vida.

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