Dentro da população geral, todas as minorias sofrem algum tipo de preconceito, porém minorias sexuais e de gênero estão sujeitas à violência de origem externa e também muitas vezes em sua própria casa, com origem na própria família.
Devido a desconhecimento, preconceito, tabu e também a aspectos culturais, que variam de acordo com a localidade ou país, a expressão sexual e de gênero de uma pessoa pertencente à população LGBTQIA + pode ser sinônimo de rejeição, bullying, humilhação pública, violência verbal e física, prisão e até homicídio. E isso desde a infância, geralmente se agravando com o crescimento e desenvolvimento. Atualmente no Brasil, mais de 20 milhões de pessoas se definem como pertencentes à população LGBTQIAPN+.
Diante dessa realidade extremamente dura, não é incomum que essas pessoas reprimam, disfarcem e sofram muito mental e emocionalmente quando expressam sua orientação ou identidade de gênero sexual.
Pessoas LGBTQIAPN+ estão sujeitas a apresentar transtornos psiquiátricos comuns às pessoas cis/hetero, porém estão sujeitas a muitos outros problemas ligados a um espectro de variações de orientação sexual e gênero, próprias de sua biologia e de suas experiências de crescimento e desenvolvimento em ambientes frequentemente rejeitadores e hostis, que não aceitam a diversidade sexual.
É muito importante entender que o estresse de minorias pode dobrar ou até mesmo triplicar a chance de transtornos mentais nesta população, quando comparada à população cis/hetero. Ainda outro aspecto importante é a ser considerado é que pessoas LGBTQIAPN+ podem ser também vítimas de outros tipos de violência e preconceito, como por exemplo o preconceito de cor e raça.
Finalmente, pessoas com vivências sexuais e de gênero diversas necessitam de cuidados específicos com relação à sua saúde mental, emocional, sexual e física. Portanto, um olhar atento, humanizado, acolhedor e sem julgamento do profissional de saúde mental e sexual trará mais conforto e confiança para quem já enfrenta uma série de outros desafios ao longo da vida.
Além de oferecer serviços de saúde mental para pessoas cis/hetero, Dr. Lincoln Andrade atende há quase duas décadas pessoas LGBTQIAPN+ que apresentam sofrimento devido a transtornos psiquiátricos como ansiedade, depressão, uso problemático de álcool e drogas, automutilação, TDAH, TOC e muitos outros transtornos mentais.
Tratar pessoas com problemas de saúde mental e emocional causados por experiências traumáticas, vividas em consequência da expressão de sua orientação e identidade de gênero sexual, exige do especialista em saúde mental e sexual muita sensibilidade e respeito para com as pessoas pertencentes às minorias sexuais, além de capacidade para não fazer julgamentos e de estudo constante e muita experiência clínica. E é com essa consciência que Dr. Lincoln C. Andrade e sua equipe procuram atender seus pacientes pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+.
Conheça abaixo transtornos mentais da população LGBTQIA+ tratados frequentemente em nossa clínica:
1. Transtornos de ansiedade
Em seu conjunto, a porcentagem de transtornos de ansiedade dentre a população geral é estimado em 30%, mas na população LGBTQIAPN+ pode ser bem mais elevada, podendo chegar a alarmantes 70% na população trans, com a ressalva de que há muitas diferenças entre os diferentes grupos que compõem a sigla, e cada grupo está sujeito diferentes fatores de estresse de minorias.
Transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de pânico, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno de estresse agudo e reações de ajustamento emocional com ansiedade são muito comuns em pessoas LGBTQIAPN+.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), reações fóbicas e ansiedade de doença também afetam muito essa população.
2. Depressão e outros transtornos afetivos:
Taxas de depressão nesta população são também elevadas, e as porcentagens variam muito entre os diferentes subgrupos. Como exemplo, pesquisas demonstram que homens cis gays podem apresentar taxas de depressão 200% acima do que homens cis hetero ao longo da vida. Dentre a população transgênero, essa cifra pode chegar a mais de 40%. Pessoas transgênero em busca de tratamento hormonal e transexualização sem acesso a esses recursos podem apresentar taxas acima de 300% em comparação à população cis hetero.
Obviamente, o risco de suicídio efetivado e número de tentativas de suicídio tende a ser significativamente maior em pessoas LGBTQIAPN+ do que na população geral.
3. Uso problemático e dependência de álcool e drogas:
Em função dos mesmos problemas já relatados anteriormente, e suas consequências afetivas, sociais e comportamentais, pessoas LGBTQIAPN+ tem maiores taxas de uso de tabaco, álcool e drogas, tanto lícitas como ilícitas, e também de outras dependências comportamentais.
Substâncias psicoativas ilícitas, como cocaína e MDMA, e lícitas, como medicamentos tarja preta, analgésicos e cafeína, o que pode contribuir para mais preconceito e discriminação desta população.
4. Risco de suicídio e lesões físicas autoprovocadas (não suicidas):
Nesta população, a ideação suicida tende a ser significativamente maior do que na população geral. Um trabalho de pesquisa de língua inglesa de 2020 apontou que a população LGBTQUIAPN+ tem 3 vezes mais tendência a tentar suicídio e mais de 5 vezes mais propensa a apresentarem comportamento de alto lesão não suicida. Nos subgrupos de transgêneros e de bissexuais as taxas desses comportamentos podem chegar a mais de 40% nos últimos doze meses.
5. Outros transtornos psiquiátricos
A população LGBTTQIAPN+, assim como a população geral, também está sujeita a muitos outros transtornos psiquiátricos, como TDAH, TOC e transtorno bipolar e transtorno de personalidade, que também são tratados em nossa clínica.
Dr. Lincoln Cesar Andrade é médico formado pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná, com Especialização em Sexualidade Humana pelo Projeto Sexualidade (PROSEX) da Faculdade de Medicina da USP e residência médica em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da USP (HC/RP-USP). Tem 17 anos de experiência em tratamento, consultoria e aconselhamento para problemas sexuais e de relacionamento amoroso e mais de 20 anos de experiência no atendimento de pessoas em crise emocional devido a problemas ligados a relacionamento amoroso ou à vida sexual. Atende pacientes com transtornos psiquiátricos e atua na interface entre psiquiatria e sexologia.
Devido a sua larga experiência na área da sexualidade humana e no tratamento de transtornos psiquiátricos, Dr. Lincoln preenche uma importante lacuna da medicina, aquela na qual sexualidade humana, medicina sexual e saúde mental se encontram.
“Cuide bem da sua saúde mental e sexual em uma clínica “LGBT friendly”, livre de preconceitos, com o necessário respeito e acolhimento . Venha para a Clínica Dr. Lincoln Cesar Andrade”
ON LOVE é o serviço de atenção à saúde mental, sexual e de relacionamentos da Clínica Dr. Lincoln Andrade.

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