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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

O medo excessivo também pode matar. Confie mais no seu corpo.

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Há muito tempo que os médicos que têm noção clara do papel desempenhado pelas emoções em nosso estado de saúde sabem do poder que uma crença pode ter sobre nosso estado físico, seja ela positiva ou negativa.

O efeito psicológico positivo sobre a saúde é chamado de efeito placebo. O efeito negativo é chamado de efeito nocebo. Trocando em miúdos: o efeito placebo é o poder de autocura do organismo, o poder de ajustar seu funcionamento e curar a si mesmo que nosso corpo possui. Esse é o maior e mais negligenciado poder natural que se encontra a nosso dispor. Ele funciona pela crença na melhora ou na cura e é considerado responsável por muitas curas tidas como milagrosas. Aqui não há qualquer crítica ao poder divino de cura, até porque trata-se de um processo natural. Segundo o Dr Bruce H. Lipton, autoridade internacional em biologia celular e estudioso do efeito da crença sobre a saúde, o efeito placebo e nocebo deveriam de fato se chamar “efeito crença”.

Quando acreditamos de fato na capacidade de resistência de nosso corpo, ele entra em funcionamento harmônico, entra em equilíbrio das funções. O sistema imune se fortalece e tudo funciona melhor. Ele não se desgasta sem necessidade e temos condições para relaxamento. Muitas pessoas já tiveram a oportunidade de dizer ao seu médico que estão se sentindo melhor sem ter tomado o medicamento e ouviram dele que isso é “apenas efeito psicológico”. Não estou de modo algum dizendo que não se deve tomar medicamentos, mas evidenciando o quanto o efeito placebo (crença) pode ser efetivo como parte da melhora clínica ou da cura.

O efeito contrário, nocebo, ocorre quando acreditamos no pior, não acreditamos que podemos ficar bem ou ser curados. Quando a crença na fatalidade é absoluta o organismo entra em alerta total, mobilizando suas reservas para dar conta de um risco de vida imediato. Nessa condição todas as funções orgânicas de defesa ficam ativadas, o organismo se desgasta muito, as reservas orgânicas são comprometidas e o sistema imune se desorganiza. As funções menos importantes para a defesa são paralisadas ou lentificadas. A capacidade de relaxamento desaparece. Quando esse efeito se prolonga o ambiente interno se torna propício ao adoecimento.

Nesses tempos de coronavirus, o medo de morrer ou de perder entes queridos tem afetado muitas pessoas, principalmente com o compartilhamento de vídeos e notícias dramáticas. E quando começamos a temer intensamente, de modo irracional, começamos a criar em nosso sistema mente -corpo o efeito nocebo. Penso nos idosos ouvindo o dia todo que são eles que morrem quando contraem o vírus. Conseguem imaginar  por um instante o nível de pânico do idoso que se descobre com sintomas, o quanto a certeza da morte pode piorar sua condição orgânica já fragilizada pela idade? Isso vale para todos nós até certo ponto.

Médicos conscientes do “efeito crença” procuram tomar muito cuidado com seus comentários ao tratar de pacientes com patologias graves, pois sabem do poder de cura ou  dano que podem ter as palavras ditas por um especialista no assunto usando um jaleco branco.

Saibam que há muitos casos clássicos de efeito placebo e nocebo na literatura médica. Uma situação clássica do efeito nocebo ocorre quando um paciente com diagnóstico de câncer recebe um prognóstico de semanas ou meses de sobrevida, mas morre muito antes do tempo estimado pelo especialista.  Então a  surpresa acontece por ocasião da autopsia, quando se descobre que na verdade houve erro diagnóstico, que não havia câncer, ou que o estágio do câncer diagnosticado não explicava a morte. Aparentemente, o prognóstico de um curto período de sobrevida causou o efeito crença negativo, o nocebo, e a morte precoce do paciente.

Exemplos de efeitos placebo são inúmeros, muito frequentes. Todo médico experiente já viu esse efeito positivo da crença acontecer muitas e muitas vezes.

Portanto, há muito poder em sua mente e em seu corpo. Tome os cuidados necessários sim,  mas também confie nos seus recursos internos para o enfrentamento da pandemia do coronavirus. A noite, ao se deitar, procure relaxar e prestar atenção em seu corpo. Converse com ele, confie nele. Lembre-se de que ele trouxe você até este momento e já enfrentou duras batalhas para proteger sua vida.

O coronavirus é perigoso sim, não há como negar, mas vamos confiar até o fim da pandemia na capacidade de resistência do nosso corpo, essa máquina biológica fantástica que nosso criador nos confiou!

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade. Permitida a livre divulgação e reprodução. Pedimos o favor de citar a fonte (autor e site).

Dr. Lincoln C. Andrade é médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP, especializado no atendimento de pessoas em crise emocional, estresse, transtornos de ansiedade e pânico. Tem vinte anos de experiência no atendimento de pessoas em crise emocional de qualquer origem. Criou e mantém em sua clínica o programa CALMA, especializado no tratamento de ansiedade e pânico. Agendamento de consultas pelos fones (41) 30391890 e 996437333.

“Clínica Dr. Lincoln Andrade, a clínica de referência no tratamento do estresse elevado,  ansiedade, pânico e crises nervosas em Curitiba”.