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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Disfunção erétil induzida por pornografia

A disfunção erétil (DE) afeta homens a partir dos 40, e principalmente após os 50 a 60 anos, quando surgem as causas orgânicas derivadas do estilo de vida e da genética.  Abaixo de 40 anos a DE era bem pouco frequente até a década de 80.

Ocorre que pesquisas médicas recentes de sexologia encontraram uma associação entre o consumo excessivo ou incomum de pornografia e mudanças nos gostos e comportamentos sexuais. Essas pesquisas demonstram que as taxas de baixa libido, baixa excitação e DE vem crescendo rapidamente na população masculina abaixo de 40 anos, e principalmente de jovens entre 18 e 30 anos

Este aumento no número de casos de De entre homens jovens tem sido difícil de explicar, uma vez que a população jovem atual goza de boa saúde e enfrenta menos restrições sexuais do que qualquer outra geração. E que tem chamado atenção é que as taxas crescentes de DE entre jovens coincide com a facilidade e com o aumento do acesso à pornografia à partir dos anos 90.

Até então, revistas de nu feminino e vídeos de aluguel eram os meios comuns de acesso à pornografia, mas  agora o celular deixa a pornografia ao alcance de um toque, e as pesquisas mostram uma clara relação da DE entre homens jovens e aumento crescente de acesso à pornografia.  O excesso e a variedade de estimulo sexual oferecido pela pornografia e a masturbação excessiva causam necessidade crescente de mais estimulo sexual, que parceira nenhuma consegue oferecer, e são apontados como fatores causadores de disfunções sexuais ao longo do tempo, o que se reflete como DE.

Problemas de sexo no casamento ou nas relações estáveis são a consequência mais comum, além da insegurança erétil e ansiedade de performance nas relações sexuais de homens mais jovens, que usam pornografia com parâmetro de funcionamento sexual masculino.

Alguns jovens chegam a preferir  masturbação com pornografia ao sexo com parceria. Alguns desenvolvem anorexia sexual, uma espécie de aversão ao sexo. Alguns se deprimem.

O tratamento mais básico para o problema é a abstinência de pornografia, o que pode parecer simples, mas pode não ser tão simples assim. Muitos homens percebem sua dependência somente quando tentam interromper o uso de pornografia e não conseguem. Apresentam sinais de abstinência, humor irritado, ansioso ou depressivo. As vezes sensação de vazio.

O ideal seria o tratamento conduzido por profissionais de sexologia e saúde mental, psiquiatra e psicólogo especializado em sexologia, para avaliar a gravidade do problemas e também possíveis comorbidades sexuais e psiquiátricas, e tratar o problema como um todo. Pessoas que são dependentes de pornografia geralmente precisam de medicamentos, pelo menos no início do tratamento, além de psicoterapia especializada.

 

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade. Permitida a reprodução e divulgação desde que citado autor e site.

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 15  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.