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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Disfunção erétil associada à ejaculação precoce

O estudo da associação de disfunção erétil (DE) e ejaculação precoce (EP) nos mesmos homens apresenta informações relevantes sobre relações de causa e efeito e sobre tratamento. Neste artigo apresento alguns desses achados de pesquisa.

Aproximadamente 30% dos homens são afetados pela EP, sendo a maioria com ejaculação precoce primária, aquela que ocorre desde o início da vida sexual, e uma menor percentagem de homens com ejaculação precoce secundária, que surgiu após vida sexual sem essa disfunção. Desses 30%, cerca de 7% se sentem angustiados e procuram tratamento. A maioria dos homens com EP procura tratamento somente surge disfunção erétil e a angústia aumenta muito.

Outro dado importante apresentado pelas pesquisas é que em homens com EP o risco de desenvolver DE é 4 vezes maior do que entre homens sem EP, porém homens com DE também tendem a desenvolver EP mais facilmente. Portanto, existe uma relação bidirecional entre DE e EP. Ter qualquer uma dessas disfunções sexuais predispõe o homem a desenvolver a outra.

Quando o homem tem EP, ele tenta controlá-la reduzindo o nível de excitação sexual, buscando assim prolongar o tempo até a ejaculação. Mas, com isso, pode provocar DE por baixa excitação. Já quando o homem tem DE ele tenta controlá-la aumentando a excitação sexual, buscando assim obter e/ou manter a ereção com mais facilidade. Porém, ao aumentar a excitação sexual pode acabar ejaculando mais rapidamente.

Frequentemente a EP está associada a vergonha, sentimento de inferioridade, baixa autoestima, depressão e ansiedade, o que também pode ocorrer com homens que sofrem com DE. E esses estados emocionais agravam tanto a DE quanto a EP.

A busca de tratamento para EP sem a associação com DE costuma ser feita por homens mais jovens, mais saudáveis e com EP mais grave do que a médica. No caso de EP associada à DE, a busca de tratamento é feita geralmente por homens mais velhos, que apresentam comorbidades clínicas (Ex.: hipertensão arterial, doença cardiovascular, diabetes avançada ou dislipidemia), cuja queixa é principalmente devido à DE.

Problemas sexuais na parceria costuma duplicar o risco de EP no parceiro. A qualidade de vida global e sexual do homem com DE ou Ep costuma ser baixa, assim como da parceria.

Quanto ao uso de medicamentos para facilitar a ereção, com sildenafila e tadalafila, o uso por homens com EP + DE acaba melhorando a ereção e em algum grau também o tempo de ejaculação.  Já quando o homem sofre exclusivamente de EP o uso desses medicamentos não traz benefícios.

Finalmente, convém lembrar que todo quadro de disfunção sexual tem componente psicoemocional importante, que deve ser avaliado e tratado junto com o uso de medicamentos para De e/ou EP, e essa avaliação deve ser feita por profissional especializado em saúde sexual e mental.

 

Texto de autoria do Dr. Lincoln c. Andrade. Permitida a reprodução e divulgação desde que citada a fonte (autor e site).

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 16  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.