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Clínica de tratamento em Curitiba para crises emocionais, estresse, ansiedade, pânico, depressão e problemas afetivos e sexuais

Preparação, a terceira fase do ciclo da Compulsão Sexual

Uma vez disparados os gatilhos do comportamento sexual compulsivo, a pessoa que sofre deste transtorno sai da fase de dormência e entra na fase de preparação, quando então inicia os arranjos e as práticas que antecedem a ação sexual propriamente dita. Esta fase pode durar horas, dias, semanas ou mesmo meses, e a utilização de recursos com APPs, sites e perfis de profissionais do sexo é uma prática comum. Para confirmar o fato de que não é somente o prazer que move o compulsivo sexual, a fase de preparação é considerada por eles como a mais prazerosa do ciclo da compulsão sexual.

Nesta fase, as pessoas dependentes de sexo tomam cuidado para evitar ser apanhadas, criam álibis, justificam o acesso à internet para trabalho, estudo, criam desculpas para se afastarem de casa, abrem perfis fake em redes sociais ou conta bancárias e de whatsapp ocultas. Muitos estão tão mergulhados nos estados emocionais ligados ao sexo que nem têm consciência desta fase, enquanto outros negam o problema para si mesmos. Muitos tomam decisões “aparentemente pouco importantes”, como, por exemplo, um homem heterossexual sair de uma reunião de trabalho e passar diante de uma casa de garotas de programa, ou um homem homossexual entrar em um banheiro público, tudo por uma grande “coincidência”.

Esta fase é caracterizada por distorções do pensamento e crenças disfuncionais, limitantes, chamadas de distorções cognitivas. Esses mecanismos permitem mudar o modo como pensamos ou como nos sentimos e agimos a respeito de algo, e nos compulsivos sexuais facilitam a preparação e outras fases do ciclo da compulsão sexual.  Porntanto, há muitos modos diferentes de criar um ambiente que nos permite fazer algo que não achamos adequado, correto. Podemos racionalizar, justificar, minimizar, culpar e usar outros mecanismos que facilitam a aceitação do escape sexual. Um exemplo comum é o do compulsivo sexual que justifica seu comportamento por que a parceira não atende suas necessidades sexuais, o parceiro não vai saber de nada, é só sexo e não amor, etc.  Dependentes de sexo costumam dizer que frequentemente ficam em ambiguidade quanto a agir ou não sexualmente, mas que a ação sexual compulsiva sempre acaba predominando.

Independente do tempo de duração, uma vez concluída a fase de preparação o compulsivo sexual passa à fase de ação sexual propriamente dita, que é foco de outro artigo neste site.

Texto de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade. Permitida a reprodução e divulgação desde que citado autor e site.

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 16  anos de experiência atendendo pessoas solteiras e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 996437333.