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Conheça os prejuízos que a pornografia provoca na vida sexual do homem e da sua parceira

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Aproximadamente 25% dos acessos de busca na internet se referem  a pornografia. São bilhões de acessos e downloads de pornografia na internet, um verdadeiro universo sexual. E aí existe um problema, pois, em termos cerebrais, a pornografia pode causar o mesmo efeito de busca de prazer imediato que causam as drogas de abuso em dependentes químicos.

Quando está vendo pornografia, seus centros de comando cerebral tendem a levar você a ver assuntos novos , diferentes, a chamada “busca de novidades”. Mas como o passar do tempo seu cérebro torna-se menos sensível aos estímulos sexuais, o que leva você a necessitar de novos e maiores estímulos para se sentir satisfeito. Quando isso acontece, sua parceira real não é mais suficiente, e somente estímulos sexuais pesados deixam o homem satisfeito.

Outro problema é que a região do cérebro responsável pelo sentimento afetivo, amoroso, se torna menos responsivo, como que enfraquecido pelo alto grau de exposição à pornografia. E há ainda um terceiro centro cerebral, responsável pela ereção, que se torna também menos sensível sob maciça exposição à pornografia.

Nas relações sexuais dos vídeos pornográficos, a mulher frequentemente é usada como uma espécie de objeto do homem, chegando a se submeter mesmo a algum tipo de abuso sexual. Já a mulher é representada como alguém que aceita e aprecia qualquer prática sexual, mesmo abusiva, e sempre tem orgasmos fantásticos. Adolescentes e jovens entendem o que veem na pornografia como uma espécie de “escola de práticas sexuais”, tomando como referencia de comportamento sexual aquilo que assistem nos vídeos, o que pode gerar severos problemas sexuais nos contatos com suas parceiras.

Muitos homens se queixam de que suas mulheres não aceitam realizar práticas sexuais que eles aprenderam na pornografia, e muitas mulheres se queixam de que os homens não respeitam seus limites sexuais. Assim o estereótipo de que sexo é igual a desempenho causa insegurança em adolescentes e jovens. No dia a dia observamos esse fenômeno no uso abusivo de medicamentos pró-eréteis por adolescentes e jovens, que temem falhar na hora do sexo.

Com o advento dos serviços de streaming  e sites pornográficos na internet, tem havido uma espécie de epidemia de disfunção erétil entre jovens saudáveis, inclusive entre adolescentes. O desejo sexual desses homens tem diminuído, e chegar ao clímax da excitação e ejacular também tem ficado mais difícil.

Pesquisas demonstram que pelo menos 50% dos meninos ficam expostos à pornografia desde os 12 ou 13 anos de idade, e por muito mais tempo do que meninos da mesma idade ficavam uma década antes. E mais: aproximadamente um terço dos homens abaixo de 40 anos tem problemas com baixo desejo sexual e disfunção erétil, assim como garotos no início da vida sexual. Cerca de 10% desses garotos tem problemas de ejaculação. Essas disfunções sexuais estão diretamente relacionadas com a quantidade de pornografia que eles assistem. Quanto mais nova é uma criança quando acessa pornografia, maior a chance de ter problemas sexuais no futuro.

Homens casados que acessam pornografia para apimentar o sexo, paradoxalmente tendem a se desconectar de suas parceiras. Pesquisas sobre casamento mostram uma queda acentuada na felicidade conjugal de casais cujo homem acessa muita pornografia.

Homens que acessam pornografia, principalmente os mais jovens, imaturos, sem ou com pouca experiência sexual, tendem a se deixar afetar pelo tamanho médio dos pênis de atores pornô, que geralmente tem alguns centímetros mais do que o tamanho médio do pênis de homens “normais”. Em um típico filme pornô, o tempo médio da relação sexual é muito maior do que de uma relação sexual normal, que  segundo as pesquisas dura de 10 a 15 minutos. Obviamente que isso se deve ao tempo que os atores têm para gravar, mas no vídeo parece que se trata de ato contínuo, que a ereção do homem não termina nunca.

O resultado é que muitos jovens e mesmo homens maduros pensam em cirurgia para aumento de pênis, pois acreditam que seu pênis é pequeno e insuficiente para suas parceiras. Na verdade quem é “anormal” quando se trata de tamanho do pênis são os atores pornô.

Em resumo, para ter boa saúde sexual é preciso minimizar o acesso à pornografia, pois o maior órgão sexual do homem é seu cérebro (e  logicamente sua mente erótica), exatamente o que é prejudicado pela pornografia.

Pessoas com dependência de pornografia sofrem daquilo que se denomina em psiquiatria de “dependência comportamental”, a adicção sexual, e podem vir a se sentir entediados, irritados, ansiosos ou mesmo deprimidos ao deixar de acessar  pornografia. Neste caso pode se necessário procurar auxílio profissional com um psiquiatra que conheça de sexologia clínica. Muitos desses homens são compulsivos sexuais, sofrem devido a falta de controle dos impulsos sexuais e necessitam de tratamento!

Artigo de autoria do Dr. Lincoln C. Andrade

Permitida a reprodução e divulgação, desde que citada a fonte (autor e site)

Dr. Lincoln C. Andrade é Especialista em Sexualidade Humana pelo projeto sexualidade (PROSEX), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com quase 15  anos de experiência atendendo pessoas e casais com problemas afetivos e sexuais. É também médico psiquiatra, com residência médica pelo hospital das clínicas da USP (HC/RP),  especializado no tratamento de pessoas em crise emocional, estresse, ansiedade e pânico.  Agendamento de consultas pelos fones (41) 30391890 e 996437333.

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